Veja a nossa recomendação sobre 10 locais a visitar na Serra da Freita!

A incrível Serra da Freita tem como porta Arouca, a pequena cidade sobre a qual toda a sua imponência se faz notar, quase como um gigante que a guarda.

Rápido se começará a envolver por esta bonita Serra. As suas estradas sinuosas fazem as delícias dos aficionados da condução, o ar fresco é como uma injeção de vida para os pulmões, carregado de uma pureza que só em locais como este se pode encontrar. Mas não só de bons ares é feita esta Serra, está carregada de património cultural, histórico e natural. Aqui habitam ecossistemas ainda intocados e com milhares de anos, que o isolamento do local permitiu e que hoje em dia são protegidos para que não se venham a perder! 

A nossa missão é mostrar-lhe toda esta riqueza, por isso aqui deixamos os 10 locais que por certo não pode perder na Serra da Freita!

Mas esta montanha não é apenas feita de um ambiente puro, ela está carregada de patrimônio cultural, histórico e natural. Aqui habitam ecossistemas ainda intocados e com milhares de anos, tudo isto é possível pelo afastamento do local e protegidos para que não se percam!

A nossa missão é mostrar-lhe toda esta magia, por isso deixamos aqui os 10 locais que certamente não pode faltar na “Serra da Freita”!

Capela Senhora da Laje

Esta mágica viagem deve ser calma e prudente, pois por estas antigas estradas da montanha as curvas e contracurvas são imensas que apesar de nos darem uma incrível experiência visual e de condução, requerem que sejamos atentos.

Envolvidos pela Serra é então que surge, junto da pequena aldeia de Merujal, o nosso primeiro ponto de paragem, a Capela da Senhora da Laje, uma das muitas situadas na Serra da Freita. 

Inteiramente construída em granito e com traços robustos e bem delineados, esta capela foi construída em estilo Barroco, estilo arquitetónico muito comum por todo o país, a data da sua construção é incerta pois dispõem de diversas datas gravadas nas suas diversas partes, o que nos leva a pensar que terá sido reconstruída ou complementada com outras estruturas ao longos dos anos, a mais longínqua data em si gravada, remonta a 1652, o que devido à história milenar de Portugal é considerado um monumento, relativamente recente, nós sabemos, somos velhos.

Aqui é também o sítio onde a 3 de Maio se realiza a Festa das Cruzes, festividade abrangente às comunidades circundantes.

Miradouro de São Pedro Velho

Uma coisa é certa, não seria a mesma Serra sem as suas vistas infindáveis.

Como tal, apresentamos o tradicionalmente chamado S. Pedro Velho, mais do que um miradouro é um dos muitos Geossítios da Serra da Freita, tendo nele um marco geodésico, que segundo a cartografía militar nos informa que estamos a 1077 metros de altura, um dos mais altos pontos desta Serra. Deixe-se envolver pela liberdade sem precedentes que vai sentir, vai parecer impossível, mas deste ponto temos uma vista de 360º graus, devido a localizar-se num domo rochoso de granito muito duro e resistente, permitindo-nos varrer desde o ponto mais a Norte de Portugal, até ao vale do Mondego a Sul, incrível como de um único ponto podemos ver metade de um país.

Mas devemos também focar-nos no que mais perto de nós se encontra, as bonitas aldeias de montanha, que pode encontrar em todo o seu redor, os infindáveis cursos de água que alimentam os rios, que por ali correm e que tão importantes são para a biodiversidade e até o contraste da ação humana nas montanhas que como exemplo tem o parque Eólico ali perto existente, contemple ao longe e foque ao perto!

Albergaria da Serra

Depois de presentear a visão, onde por breves momentos provavelmente notou na paisagem uma bonita aldeia, fique a saber que o seu nome é “Albergaria da Serra” e acredite não a vai querer perder.

Devido à sua antiguidade teve diversos nomes, “Albergaria do Monte de Fuste”, “Nossa Senhora da Assunção da Albergaria”, nome da Santa padroeira da aldeia ou ainda “Albergaria das Cabras” devido às atividades pastoris que por lá abundam. No entanto, em todos os nomes que teve, sempre se chamou “Albergaria”, isto deve-se ao facto de que D. Mafalda, Primeira Rainha de Portugal, lá ter erguido um albergue, com a missão de dar alimento e estadia aos pobres que por lá passavam, corria o Séc. XII.

É também aqui que nasce um dos rios da região, o Rio Caima, que por sua vez abastece a fantástica cascata da Frecha da Mizarela, da qual lhe falaremos de seguida.

Nos dias que correm o turismo começa a adquirir valor significativo para esta aldeia, da qual os locais de campismo começam, cada vez mais, a serem requisitados, criando riqueza e divulgação, que não custando nada, deve ser feita por todos nós que lá vamos.

Terra de paisagens agrícolas e pastoris, onde ainda se vive a verdadeira ruralidade de Portugal, irá dar-lhe uma visão crua e verdadeira de cultura, história e natureza.

Frecha da Mizarela

E já que descobrimos onde o Rio Caima nasce, porque não descobrir um dos seus sítios paradisíacos, a fantástica Cascata da Frecha da Mizarela, lugar de paragem obrigatória para quem explora a Serra da Freita.

Idolatrada por entusiastas de canyoning em que orgulhosamente nos incluímos, é a maior cascata do país e uma das maiores em toda a Europa, fazendo cair o rio por mais de 60 metros criando no fundo uma bonita lagoa de aguas cristalinas, frias, mas que no forte Verão que se faz sentir na região será a cereja no topo do bolo, com os belos banhos que por lá se podem tomar. 

Esta cascata representa um enorme desnível na paisagem, devido ao facto que a jusante as rochas são mais brandas e macias, e por isso de fácil erosão fluvial, o que permitiu com relativa facilidade ao rio escavar por entre as formações graníticas mais resistentes à erosão.

Este talvez seja o sítio perfeito para uma paragem mais longa ou para um snack a meio de um belo dia na Serra, sente-se um pouco e deixe-se levar pelos sons da água a cair, os pássaros a cantar e o poderoso verde que o rodeia.

Pedras Boroas do Junqueiro

Continuando a relatar as riquezas deste Terra, passemos a uma das riquezas geológicas da região.

Por cá chamam-lhes as Pedras Boroas do Junqueiro.

Esta fantástica formação granítica, tem a sua origem devido aos escultores imortais destas paisagens a água e o vento, que provocam rasgos de forma poligonal na rocha que adquire um aspeto de crosta na sua superfície, com veios irregulares, muito semelhantes às côdeas da típica Broa de Milho, tão apreciada em todo o país, facto de onde advém o seu nome Pedras Boroas.

Localizadas em pleno planalto da Serra da Freita, irá por momentos esquecer que se encontra numa montanha, devido à área plana ser bastante abrangente. Poderá até parecer um pouco inóspito o lugar, mas é só mais uma prova que continuam a existir lugares onde o homem ainda não reina e devemos, de certa forma, ficar contentes por isso. 

Pedras Parideiras

E porque uma riqueza geológica nunca vem só, na aldeia de Castanheira, famosa pela sua beleza intocada pelo tempo, irá encontrar o ex-libris deste bonito sítio, um outro fenómeno geológico de nome Pitoresco, as Pedras Parideiras.

Parideiras significa que dão à luz, nós sabemos que é difícil de perceber, mas de facto existem pedras que o fazem, são resultado de um fenómeno geológico de granitização, que consiste em nódulos incrustados nas rochas graníticas, rochas estas que com o passar dos anos e a erosão se vão desgastando e por fim libertam os nódulos incrustados que por sua vez são expelidos da rocha como se de um nascimento se tratasse.

Aqui poderá visitar o Centro Interpretativo deste fenómeno, que é de tamanha raridade, sendo apenas detectado em 2 sítios do Planeta, na Serra da Freita e em St. Petersburgo na Rússia.

Se não planeia ir à Rússia, é a oportunidade de uma vida.

Radar Meteorológico de Arouca

Depois de toda esta informação geológica, é tempo de dar ao cérebro um tempinho para assimilar toda a informação. Nada melhor que o Radar Meteorológico de Arouca, acreditamos que se estejam a perguntar, “porque haveríamos de ir a um Radar Meteorológico?”, a resposta é fácil, apesar de utilizado para fins científicos, encontra-se aberto ao público e tem uns incríveis 10 andares. 

Da sua entrada a paisagem já nos prende a vista, mas subir ao décimo andar é algo realmente mágico. O edifício oferece-nos uma vista de 360º graus, privilegiando vistas em todas as direções, é de notar que são 47 metros de altura!

E para os mais aficionados da ciência, dispõem ainda de visitas mais focados no propósito para que foi construído. Quem disse que ciência e experiências visuais, não combinavam? A não perder!

Drave

Como não poderia deixar de ser, temos de falar sobre as bonitas aldeias de xisto da Serra da Freita, que lhe atribuem o toque de magia feito pelas mãos que por séculos por aqui foram vivendo.

No final de uma estrada de terra batida irá encontrar escondida à sua direita a junção de 3 belos ribeiros, que dão origem ao Rio Drave, esta junção ocorre no fundo de uma povoação que logo vai saltar à vista, o seu nome é Drave tal como o rio, encontra-se desabitada e por isso está munida de uma quietude e calma que não se encontra em todo o lado. Sendo também Base do Corpo Nacional de Escuteiros.

Aqui não há rede, luz e muito menos internet, o sítio perfeito para se desligar da frenética vida tecnológica que levamos. 

Esta aldeia requer paciência para se lá chegar, sendo possível de se chegar às suas proximidades de carro, tendo de seguida de se fazer alguns minutos de caminhada ou pelo percurso pedestre PR-14, de nome “Aldeia Mágica”, permitindo-lhe conhecer um pouco melhor o passado deste sítio, será sem qualquer dúvida um dos highlights que irá recordar desta bonita Serra.

Janarde

E se uma aldeia do xisto não satisfazer a sua vontade por aventura, a Serra da Freita nunca nos deixa mal.

Vá ao encontro de Janarde, outra aldeia xistosa nas margens do Paiva, que de forma peculiar parece olhar firmemente o rio como se de um vigia se trata-se. Aqui encontrará a bonita embora pequena Capela de S. Barnabé que lhe dará as boas vindas, em honra de quem ainda se faz a romaria popular da aldeia, para que a sensibilidade comunitária não se perca.

Na margem direita do rio que ali passa é possível ver os chamados “Conheiros de Janarde”, uma antiga zona de extração de ouro, mineral que em tempos foi extraído pelos romanos quando por estas terras governavam. 

Ainda com alguns habitantes e sendo agora uma aldeia protegida, a sua ida será mais do que uma simples visita, fará parte da ajuda vital na divulgação deste paraíso perdido.

Panorâmica do Detrelo da Malhada

E para acabar mesmo sem o querer fazer, pois nunca nos cansamos deste maravilhoso lugar no interior do nosso país.

Espera-o a famosa Panorâmica do Detrelo, na aldeia de Moldes, pelo caminho as vistas sem fim continuaram, terá que subir aos 1099 metros de altura e lá irá encontrar uma vista que mais uma vez o fará ver meio país se o tempo o permitir.

Caso chegue aquando do pôr-do-sol, irá ser presenteado com tons de laranja, vermelho, amarelo, contrastando com o verde pujante das montanhas e com certeza que no meio de todo o silêncio característico destas terras, o seu coração se irá aquecer de satisfação, por ter a ousada mas ainda assim completamente acertada decisão de tomar esta jornada na Serra da Freita.

Aqui ficam os 10 fantásticos locais da Serra da Freita, cuidadosamente escolhidos e organizados por nós de maneira a tirar o melhor proveito deste lugar mágico.

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